Mas não é só o pacu que conquista os turistas que resolvem conhecer a capital mato-grossense. A cidade grande com jeito de interior, exaltada nos versos dos ritmos populares cururu e siriri, se moderniza lentamente e tem investido na recuperação das belas fachadas coloniais dos casarões dos séculos 19 e 20, que se transformam em museus, casas de artesanato e até espaços culturais e de manifestação artística, localizados principalmente no centro histórico, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, e na região portuária da cidade. Apelidada de Notre-Dame cuiabana, a capital de Mato Grosso foi presenteada com uma igreja que se assemelha à famosa de Paris, conhecida como a Nossa Senhora do Bom Despacho, e se orgulha de um museu que fica dentro do primeiro reservatório de água do Estado, em uma caixa d'água desativada adaptada para receber visitantes.
Fundada em 1719 com a descoberta do ouro, a cidade que nunca pára antes das 20h por causa do calor tem um espaço especialmente dedicado ao artesanato de todo o Estado, a Casa do Artesão, onde estão expostos artefatos indígenas, tecelagem, cerâmica (é possível visitar as comunidades ribeirinhas que fabricam a cerâmica), além da famosa viola de cocho, instrumento típico da região pantaneira fabricado artesanalmente. Quem se interessa pela tradição da viola de cocho pode visitar em Cuiabá o ateliê de um dos produtores do instrumento e ver de perto como ela é feita.
Passar calor em Cuiabá é inevitável para quem visita a cidade nos meses de seca e não está acostumado com as altas temperaturas do cerrado. Nessa época, a garrafinha de água é indispensável. De maio a outubro, não é raro os termômetros marcarem temperaturas acima de 30ºC, muitas vezes beirando os 40ºC. A impressão que se tem é que a sensação térmica de muito calor nunca vai mudar. Mas, geralmente por volta das 18h, o clima fica mais fresco e suportável.
O fluxo de turistas na cidade está atrelado principalmente ao turismo de agronegócios, aos festivais de música e cultura popular e aos congressos e, por conta disso, os preços das diárias são mais baratas nos fins de semana.
Cuiabá é porta de entrada tanto para os municípios de Barão de Melgaço, Poconé e Cáceres, que dão acesso tanto ao Pantanal Norte, quanto para a Chapada dos Guimarães, que fica a apenas 70 km. Isso faz com que a capital seja apenas um destino de passagem para quem segue para uma dessas regiões.
Conhecido como Centro Geodésico da América do Sul, a 1.600 km do oceano Pacífico e do Atlântico, a Chapada dos Guimarães é um dos principais destinos dos cuiabanos nos finais de semana. Outra opção de passeio mostra um ecossistema e paisagens diferentes. Bastante procurada por quem gosta do contato com a natureza e observar animais exóticos, o Pantanal Norte, ou mato-grossense, tem bom acesso com infra-estrutura hoteleira nos municípios e arredores de Poconé e Cáceres, redutos mais procurados por pescadores, e Barão de Melgaço, onde é possível ver um 'Pantanal mais bruto', menos explorado pelo turismo.
Em agosto, mês do folclore mato-grossense, acontece o festival Cururu Siriri elaborado para celebrar as culturas típicas da região pantaneira reúne grupos de cururu e de siriri de todo o Estado de Mato Grosso. Festival de Música Calango, que atrai cerca de 5.000 pessoas, a Festa Internacional do Pantanal e o Festival Internacional de Pesca de Cáceres vêm atraindo cada vez mais turistas.
PORTAIS REGIONAIS
Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo
http://www.sedtur.mt.gov.br/
Prefeitura de Cuiabá
http://www.cuiaba.mt.gov.br/
Prefeitura Municipal da Chapada dos Guimarães
www.chapadadosguimaraes.mt.gov.br/guia.php
Guia de Cuiabá
http://www.guiacuiaba.com.br/
Cuiabátur
http://www.cuiabatur.com.br/
Hospedagem
Hotel Deville
Hotel InterCity Premium
Paiaguás Palace Hotel
Hotel Taiamã
Global Garden Hotel
Não deixe de ir: Chapada dos Guimarães fica a 64km de Cuiabá
Chapada dos Guimarães possui paisagens exuberantes
Véu de Noivas
Mirante, uns dos principais pontos turísticos
Pantanal Matogrossense
Maior planície alagável do mundo
Onça-Pintada, típico do Pantanal